Apesar do crescimento expressivo no número de participantes no Intercom 2025 — um dos principais congressos acadêmicos voltados à área de Comunicação no Brasil —, o evento evidenciou uma disparidade significativa: a predominância de estudantes de universidades privadas na participação e na apresentação de trabalhos científicos. De acordo com relatos de estudantes e especialistas presentes no congresso, essa diferença é impulsionada por incentivos institucionais e, em alguns casos, até exigências internas das faculdades particulares. “Muitos colegas de faculdades privadas relataram que são pressionados a submeter projetos e comparecer às atividades do congresso, o que contribui para uma maior visibilidade acadêmica desses alunos”, afirma a estudante da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Luisa Arêas. “Por outro lado, alunos de universidades públicas enfrentam barreiras como a falta de investimento e o pouco incentivo interno à produção científica, o que limita sua participação em eventos desse porte”.